Dentro da palavra máscara cabe aquilo que fica implícito por sua conotação, a dissimulação arbitrária, ou o disfarce, faceiro. Usar uma máscara pode ser nada mais do que uma brincadeira, onde normalmente elas não são usadas. Agora, precisar de uma máscara, a máscara da ética para poder assim sobreviver num ambiente onde a cilada é a parte maior das tratativas e da música é outra coisa. O fúnebre canto que escutamos no Congresso Nacional. Digo que ali estão todos presos a uma atuação previa, estabelecida como se o estame da democracia fosse a desculpa para estarem juntos, reunidos em situações que muito mais levam em consideração as práticas democráticas pelo automatismo que isso implica, pelo automático que estão acostumados agir esses duplos agentes, que no fim, buscam nada mais que poder. E o que seria poder? A capacidade de influenciar alguém indireta ou diretamente, e de diretamente fazer com que sua vontade seja cumprida, organizando-se assim uma verdadeira orquestra ao redor de si, para tocar única e exclusivamente a sua música. Poder é corroer o outro com a sua agonia. Poder é instaurar o medo por perversão, por brincadeira, por prazer. Poder é ter na mão um punhado de pessoas, acorrentadas pelo clamor da chantagem, e da possível revelação, que certo ato em desonra mancharia reputações. Poder é definhar a liberdade alheia, e consumir sua independência até que não sobre nada além de ossos. Assim se dão os ratos no Congresso, com raras exceções, temos aqueles que oram por algo, mas que infelizmente não adianta nem orar para Deus, fingindo ser um evangélico, pois até eles, fingem que precisam rezar. Uma fábula hedionda. O que os torna capazes de aturar esse personagem que disfarça as sombras de uma escuridão meticulosa. Whisky e pó. E puta. O que gira Brasilia. E um grande temor, um temor pincelado por uma lustrosa careca que soube ocupar o espaço deixado vazio, e demonstrar irrefreavelmente o que pode acontecer de acordo com sua própria logica legal. até onde pode ir. com sua maniqueísta interpretação constitucional, que vela o obscuro, o que um dia foi medieval, e as mesmas justificativas, achadas numa bíblica constituição, guardavam os anseios de poucos que poder tinham sobre muitos. Esse olhar acurado e perspicaz, de saber se impor sem precisar se arranhar, nem sujar a gravata. Derrube apenas um, para deixar os outros espertos. Para que gastar forças derrubando três? E se Gilmar, Moraes e Toffoli caíssem de uma vez, de uma só vez, no mesmo avião? Esse tipo de hipótese não é considerada, como não era considerada a morte do juiz Teori. Podiam estar mais uns cinco da corte, que o país arrumava um jeito de repor suas mais poderosas marionetes. Elas conquistaram o Congresso, com o temor daquele que infligiu a pena ao que descordava apenas. O famoso bolsonarista, agora criminoso. Engraçado como isso uma vez era apenas uma estupidez, nada mais. Hoje já não denota bom senso, muito menos poder. Desapoderados estão os deputados que ainda torcem por um retorno de Jedi, já inelegível. Alguns diriam do Darth Vader, e quem está certo? Ambos. Simples assim, mas isso não apaga o fato de que estamos novamente sendo dirigidos por uma das quadrilhas mais organizadas do Brasil. O mais espúrio do PT, com o resto do PMDB, que nem a sigla conseguiu suportar. A legenda. Lula-Alckmin. Como se um não pudesse dar uma facada nas costas do outro. Como se esse vice não aspirasse o lugar do seu, chefe? Eu diria co-corrupto, coautor, comodity. O quando vale esse produto? Num país onde se fabricam corruptos por excelência, uma fábrica, Brasília Profissional, deixando voce afiado para ser mais que um malandro carioca, ser o calhorda do pedaço. Essa máscara da ética que todos vestem não lhes cai bem. Sabemos que o que mais importa acontece de portas fechadas. Não ousemos a revelar os segredos capitais, seriam algo como o Vaticano desenterrando seus mortos, fascinoras, pedófilos. Assim pagamos as perversões dos exaltados, de uma seleta classe que somente tem olhos para o poder, e uma pele afeita para o bem comum, para justiça. Em quem acreditar quando no labirinto ainda está no escuro. Logico, em quem tiver... o... o copo com mais gelo, e mais largo.

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