Habermans e GAGA
É claro que se o paradigma da subjetividade se torna insuficiente para contornar os limites de uma resposta que vai na decisão de resolver até onde podemos ir com a referida e pautada responsabilidade no jogo, a uma solução que não altere os demais limites estabelecidos por outros personagens, sem sequer esbarrar em seus princípios, e se isso pode ser feito única e exclusivamente particularmente, individualmente, em torno do outro per si. Essa pergunta foi dirigida ao professor Habermas e eu, antes de olhar sua resposta, tento, na minha indefensável ignorância, tentar esclarece-la apenas por um motivo, o poder discricionário que é deixado tanto a ministros como desembargadores do país com a deputados, que hoje se apropriam de milhões, com as etiquetas de “verbas parlamentares”, que poderia enfim ser substituída por “suborno parlamentar”, ou até mesmo “propina”, já que o controle do escoamento final dessas verbas são diminutos e a grande discricionariedade que os deputados possuem em distribui-las podem lhe tornar mais poderosos que traficantes de facções criminosas, exaltando o viés do poder pelo mesmo lado, a ignorância diabólica da fé, seja no pastor, seja no deputado, seja no traficante. Acredito a pergunta envolver duas respostas, e uma vai claramente em direção se o seu resultado é passível de afetar a vida de outras pessoas diretamente, como um prolongamento de uma ação que fere o outro ou o atemoriza, ou até mesmo o qualifica, como resultado esperado desse cosmogonia de ações pinceladas no firmamento como se a moral pudesse ser um céu de gesso. A outra, seria, se não, individualmente arco com as consequências, que já pressupõem um esbarrar no outro, visto qualquer ação prolongada no tempo e espaço irá interferir se muito não no outro, na forma com que ele pensa, portanto, é um tanto imaginário pensar ser possível uma ação em detrimento de uma contra ação, ou no mínimo um efeito de resposta, que seja ele tolhido e finalizado no campo energético do receptor, mas em alguém vai resvalar esse sua pensada ingênua e desprovida de más intenções, mesmo que salientada por uma única só. Portanto aqui fica novamente a ideia de se pensar antes de agir, não em todos os desdobramentos do caso, pois ninguém é um Deep Mind, nem tem ainda responsabilidade de o-se-lo, mas de ter em consideração a percepção do mundo que o cerca. Aqui temos a resolutiva mitigada, se assim possui chamar, quando seu eu está de tal forma dissociado do outro que pode se dar o luxo de escolher por si só, não se preocupando com o desdobrar das consequências, mesmo porque, uma, não foram desejadas por ele, duas, ele provavelmente nem as imaginou, por não ser habito ou treino metal aquilo que se exigiria de jogadores de xadrez. Três, porque seus desdobramentos são no plano do etéreo previsível, ou até mesmo do etéreo não previsível, o que facilita ainda mais uma suposta tomada de consciência pelo nosso feitor, que de desliga dos resultados e não cria um laço de direta dependência com eles, quase como jogar um dado na roleta, você perde geralmente, se ganha, fica feliz, mas a pluralidade da soma e imprevisibilidade do ganho assumem mais o protagonismo do que a sua falta de fé em ganhar 1 milhão de dólares. Agora temos o lado onde se deseja veementemente, quase que estrategicamente, o resultado, como deixando aberto o gás da cozinha para alguém explodir uma casa, no caso sua tia avó fumante e sem olfato, que sempre acende o fogo no fogão. Percebem as duas tomadas de responsabilidades. Dizem no campo politico a segunda ser mais bem quista, pois estamos representando uma massa de pessoas e devemos agir de acordo com interesses cuja nossa subjetividade deve estar a serviço de outrem. Essa é a parte mais difícil, pois se ha vantagens em agir de outro modo, ainda subjetivo e discricionário, que freio moral, se é que se tem um freio moral desenvolvido o cidadão, que fator vai impedir que eu destine dois bilhões para o meu amigo dono do hospital, que vai acabar me dando um troco de 20 milhões, pra começar, do hospital que não precisa de recurso, em prol do outro hospital municipal, que precisa de recursos, e não tem gases e sequer seringas de plástico. Ai entra o que chamamos de ética da discricionariedade, quando mesmo você tendo o poder e arbítrio de agir de uma forma, você age de uma total diferente, porque assim, em última instancia, fica com a consciência aliviada, o que por si só já é um sintoma que sofreu da febre moral, mas a venceu, a febre que te inclina para o outro lado, onde a vantagem será distribuída para você somente, e meia dúzias de gatos pintados. Como se desenvolve isso? Desenvolvendo. Ao longo de uma vida. Se o dinheiro fosse seu, menos mal gastar com as reformas da sua casa privada, mas mesmo assim um eco iria permanecer em suas assombrações, mesmo que seja completamente alheio a dor alheia, completamente não, mas em grande parte. O que se tem como correto, pois não ha um parâmetro nesse caso para medirmos o quanto de moralidade foi atingido com certo ato, e qual era o mínimo esperado nesse ato específico, simplesmente porque os atos morais variam de contexto a contexto, de pessoas a pessoas, de lugar a lugar, de verdade sincera para verdade cênica, de alto pra egoísmo, níveis de filantropia e misantropia no cidadão, ou seja, são impossíveis de serem mediados por uma nota que institua a media. Esse fator é pessoal, e por isso aqui a intersubjetividade da ética kantiana, pois cada qual terá que arcar para si a dose de responsabilidade que lhe toca. Despreze culpa e fatores religiosos. Pense em seu bem estar. Primeiramente. O quanto te faria bem ajudar aquele hospital? Você poderia ter uma piscina em casa, com o dobro do tamanho, não é errado. Mas você ainda pode ter uma piscina pela metade do tamanho e ajudar o hospital. Agora caso você não possa ter piscina nenhuma, fica bem complicado encontrar uma justificativa ética, apesar delas existirem aos montes em parodias filosóficas, para te impedir de ter a bendita piscina. Agora fiquemos de olhos nas emendas parlamentares, agora feitas por PIX. Os milhões caem direto nas mãos dos deputados, que acabam ficando livres para escolher uma piscina olímpica com tobogã. Da mesma forma, deveriam menos subjetivamente julgar os togados supremos, quando compreenderem que estão para além de sua subjetividade, e sim enroscados em intersubjetividades que autônomas dão um parecer pautado e frontalizado por um norte, onde o interesse de mais do que um, e sim de uma maioria, que naturalmente não tem, ou assim perdeu o direito de esmagar essa pretensa minoria apenas por uma questão de numero, quando os direitos da pessoa humana devem ser observados em toda e qualquer tomada de decisão. O que aqui digo é simples, a decisões que não podem ser tomadas única e exclusivamente com a curadoria da subjetividade, e pelo contrario, as vezes muito tem que se fazer para contrariar o que em uníssono se proclamaria, mas em maioria, em compartilhamento com pares, se abre mão do clamor pessoal para julgar ou decidir de acordo com o oposto inicial, para apenas seguir o principio da tal imparcialidade, principio que não muito faz sentido, depois dos trogloditas da toga passarem por cima do interesse do país para libertar uma esquerda corrupta, bem como reabilitar políticos descarados, refazendo acordos de leniência com empresas que mais que assaltara, quebraram o país.
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